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Igrejinha não colocou em prática a maioria das ações contra cheias previstas em estudo de 2012

Projeto apontou ações estruturais e não estruturais a serem realizadas ao longo dos anos

Guardado nas gavetas da Prefeitura de Igrejinha, um projeto criado em 2012 pode diminuir o impacto das cheias que afetam o perímetro urbano da cidade. O estudo foi elaborado por uma empresa especializada, com biólogos, engenheiros, geólogo e arquiteto, que avaliaram as nuances dos rios, arroios e margens por cerca de dez meses. O resultado do trabalho foi um documento com uma série de ações, que poderiam ser colocadas em prática ao longo dos anos. No entanto, a maior parte das medidas foi ignorada.

“O projeto se dividia entre ações estruturais e não estruturais, servindo como um ‘menu’ para que os gestores pudessem elencar prioridades e avaliar o que o orçamento permitiria colocar em prática”, explica o arquiteto e urbanista Luciano de Topin Ribeiro, responsável pela elaboração do estudo.

Na época, a implantação completa das medidas era estimada em R$ 16 milhões. Em valores atualizados, a tabela chegaria hoje a cerca de R$ 32 milhões. “A grande questão do projeto é a integração de todas ações com a melhoria do espaço urbano. É um estudo de mitigação de cheias, mas ao mesmo tempo é para a qualificação urbana e preservação das paisagens, com parques e praças preparados para eventuais cheias”, ressalta o arquiteto.

Medidas não estruturais

Conforme o coordenador do projeto, o estudo precisaria de atualizações para ser colocado em prática nos dias de hoje, mas uma série de medidas já poderiam começar a ser realizadas. “Podemos tratar como mais urgente aquilo que é mais fácil de colocar em prática e que precisa de mais tempo para ter seus efeitos sentidos: as medidas não estruturais.”

Algumas delas são:

-Sistema de telemetria, com bóias no percurso dos rios e arroios, para que mensagens sejam disparadas para a comunidade alertando sobre o risco de cheia. Isso gera alertas ao mesmo tempo que alimenta um banco de dados;
-Zoneamento de áreas de risco, através de atualização da legislação;
-Sistemas legais (legislações) para definição de um sistema integrado de áreas verdes, zonas de preservação ambiental permanente, zonas de manejo, parques e praças;
-Plano de arborização urbana e drenagem;
-Capacitação técnica, para que os dados disponíveis sejam administrados de forma mais eficiente

“São questões que agilizam o trabalho em tempos de crise e melhoram a gestão sobre todo o conhecimento técnico já disponível. Por exemplo, agora o leito do rio está completamente destruído e será necessária a recuperação da mata ciliar, com reflorestamento. Se já houvesse instrumento legal, seria muito mais rápido, e também viabilizaria a destinação de verbas de forma mais consciente”, explica Ribeiro.

Medidas estruturais

Neste ponto estão ações que envolvem obras e ações de intervenção, que necessitam de maior aporte financeiro e de mais tempo para execução. Algumas delas são:

-Construção de diques
-Bacias de retenção
-Desvio do rio
-Substituição e ampliação de galerias
-Reflorestamento
-Recuperação ambiental
-Contenção de margens
-Intensificação de vegetação em canteiros

Contratado pelo governo da época, o projeto foi denominado de “Enchente Zero”.

Redação - Jornal do Povo

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