Com um diagnóstico detalhado que revelou o aumento significativo no número de estudantes migrantes matriculados, o município de Parobé, no Vale do Paranhana, deu um passo pioneiro para garantir um ambiente educacional mais inclusivo. Em agosto, foi criado o programa Parobé Acolhe, iniciativa estratégica da Secretaria de Educação, liderada pela secretária Fabrícia Bonemberger.
O objetivo do programa é promover a sensibilização e capacitação de servidores, professores e gestores educacionais, assegurando acolhimento e hospitalidade adequados a crianças e adolescentes migrantes. A concepção começou em março, a partir de um levantamento que identificou 115 alunos estrangeiros na rede municipal, com destaque para o bairro Jardim.
O projeto tem coordenação da assistente social Nadja Janaína da Silva Pereira e conta com a assessoria pedagógica da Secretaria, além do suporte técnico do professor Rodrigo Manoel Dias da Silva, doutor em Ciências Sociais e docente da Unisinos.
Antes mesmo do lançamento oficial, escolas como a Emef Getúlio Vargas já vinham aplicando práticas de acolhimento, traduzindo comunicados para o espanhol e realizando encontros com famílias migrantes. A maioria dos estudantes é de origem venezuelana, entre 6 e 13 anos, mas também há registros crescentes na educação infantil, refletindo a chegada de famílias com filhos menores.
Para o professor Rodrigo Manoel, a essência do programa é clara: “O acolhimento antecede a aprendizagem. Todos aprendemos melhor quando somos acolhidos e respeitados”.