O Brasil abriga mais de 405 espécies de serpentes, sendo que 4 delas são responsáveis pela maioria dos acidentes, conforme o Instituto Butantan. Com o calor intenso, os encontros com esses répteis têm se tornado mais frequentes, especialmente no Sul do País.
As mais perigosas do Brasil:
Jararaca
Responsável por 70% dos acidentes com cobras no Brasil, sendo da família Viperidae.
Cascavel
Envolvida em 9% dos casos, também da família Vibrae, estão distribuídas em cerrados, regiões áridas e semiáridas, campos e áreas abertas, sendo identificadas pelo guizo na cauda.
Surucucu pico-de-jaca
Representa 1,5% dos acidentes e é a maior cobra peçonhenta do Brasil, (também da família Vibrae). Vive na floresta Amazônica, mas pode ser encontrada em outras partes do território brasileiro.
Coral-verdadeira
Apesar de muito venenosa, responde por menos de 1% dos ataques. Da família Elapidae, elas estão espalhadas pelo Brasil em várias espécies que apresentam um padrão com anéis coloridos.
Casos no RS
No Rio Grande do Sul, mais de 300 ataques ocorreram só em 2025, conforme dados da Secretaria de Saúde do Estado. Entre 2023 e fevereiro de 2024, foram 2.400 picadas, principalmente por jararacas e cascavéis.
O que fazer em caso de picada:
- Manter a calma, realizar os primeiros socorros e ir ao hospital o mais rápido possível;
- Lavar o local com água e sabão;
- Manter a área em posição confortável;
O que não fazer:
- Não cortar ou furar a região da picada;
- Não amarrar com torniquetes;
- Não aplicar substâncias como café, álcool, urina, vinagre, entre outros.
Não há necessidade e nem é recomendado tentar capturar a cobra.
Se possível, tire uma foto da cobra para facilitar a identificação no hospital. O soro antiofídico correto será administrado conforme os sintomas.