Explorando as Origens
A alegre e vibrante festa do carnaval, conhecida por suas cores exuberantes e músicas contagiantes, tem raízes profundas ligadas a tradições religiosas de séculos passados. Embora muitos associem o carnaval principalmente ao Brasil, essa celebração extravasante também marca presença em diversos países com influência católica, como Espanha, Portugal e França.
A Enciclopédia Britannica aponta para as origens católicas do carnaval, remetendo aos costumes do antigo Império Romano. As festividades finais dos romanos católicos nos dias que antecediam a Quaresma, um período de abstinência antes da Páscoa cristã, foram os precursores do que conhecemos como carnaval. A própria palavra “carnaval” deriva do latim “carnelevarium,” que significa remover a carne, aludindo à prática de abstinência.
Tradições Evoluídas
Embora o carnaval moderno tenha raízes católicas, seus antecedentes podem se estender a festivais primitivos celebrados antes do cristianismo tornar-se a religião oficial do Império Romano em 380 d.C. Festivais pagãos, como Saturnalia e Lupercália na Itália, contribuíram para as tradições carnavalescas. Saturnalia, em honra ao deus Saturno, ocorria no solstício de inverno, enquanto Lupercália, realizado em fevereiro, celebrava divindades infernais e purificações romanas.
O Carnaval no Brasil
Embora o Brasil seja famoso por seu carnaval, a história dessa festividade remonta à Antiguidade, com raízes na Mesopotâmia, Grécia e Roma. A palavra “carnaval” provém do latim “carnis levale,” significando retirar a carne, associado ao jejum durante a quaresma. O carnaval brasileiro iniciou-se no período colonial com manifestações como o entrudo, posteriormente evoluindo para cordões, ranchos, corsos, escolas de samba, afoxés, frevos e maracatus.
Hoje, o carnaval brasileiro é diversificado em cada região, destacando-se os desfiles de escolas de samba no Rio de Janeiro, os trios elétricos na Bahia e o carnaval de rua em Pernambuco e Minas Gerais.
Reflexões sobre o Carnaval Atual
Em São Paulo, o programa Diálogos na USP abordou questões contemporâneas do carnaval. O professor Ivan Siqueira, especialista em História da Música e Cultura Afro-Brasileira, e o radialista Moisés da Rocha discutiram mudanças nas escolas de samba e a diversidade das celebrações.
“Houve um empobrecimento brutal dos sambas das escolas. Todas tocam igual”
Ivan Siqueira
“As escolas de samba, hoje, têm integrantes que não fazem mais parte da comunidade. São artistas globais, que fazem parte do espetáculo”
Moisés da Rocha
Fontes:
- National Geographic Brasil
- Jornal da USP
