Moradores de Igrejinha atingidos pela enchente reclamam de demora em atendimento do CRAS
Dezenas de pessoas aguardam em pé, por horas, para realização de cadastro para o Programa Volta por Cima nesta sexta-feira (17)
Filas com dezenas de pessoas que aguardam por horas e não sabem se podem receber benefícios ou não. Este é o retrato do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) de Igrejinha nesta sexta-feira (17). O local foi definido pela Prefeitura como ponto para cadastramento junto ao Programa Volta por Cima, do governo estadual, voltado para famílias em pobreza e extrema pobreza atingidas pela enchente.
Conforme a Prefeitura, até esta sexta-feira (17) seriam realizados cadastros das famílias dos bairros Cohab, Garibaldi e Figueira. O atendimento do CRAS funciona das 08h às 11h30, e das 13h30 às 17h, mas no início da tarde, por volta das 13h, um papel já anunciava que as fichas para atendimento estavam esgotadas, deixando muitos moradores indignados e preocupados com a perda do auxílio. “Tem gente que chegou aqui 5h30 da manhã e ainda não foi atendida”, exclamou uma idosa no início da tarde.
Os moradores reclamam da falta de organização do local. Uma beneficiária, que prefere não se identificar, relatou que o pai idoso precisou enfrentar duas filas. “Na primeira retiramos a ficha 75. Depois de esperar muito, ainda tivemos outra com mais umas 100 pessoas para aguardar”, disse. Além disso, grande parte dos moradores precisam ficar em pé enquanto esperam atendimento.
Programa Volta por Cima
O programa destinará R$ 50 milhões para famílias desalojadas ou desabrigadas em decorrência de chuvas intensas ou enchentes entre 1º de janeiro e 31 de maio de 2024.
A população contemplada deve ser procurada pela prefeitura da sua cidade no momento do cadastro. O valor de R$ 2,5 mil será pago em parcela única a famílias cadastradas no CadÚnico e que tenham sido afetadas por eventos climáticos nos municípios com decreto de emergência ou calamidade homologado pelo governo do RS.
