
Ação teve mandados em cidades como Parobé e Novo Hamburgo
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou a Operação Shotgun na manhã desta terça-feira (5) com foco no combate ao tráfico de drogas, comércio ilegal de armas de fogo, receptação qualificada e adulteração de veículos. A ação foi coordenada pela 2ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (2ªDIN), vinculada ao Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc).
Ao todo, 130 agentes participaram da operação, que envolveu o cumprimento de 38 mandados de prisão e 39 mandados de busca e apreensão em 14 municípios gaúchos, incluindo cidades da região, como Parobé e Novo Hamburgo, além de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Caxias do Sul, Montenegro, Três Passos, Estância Velha e outros.
Durante os cumprimentos, 28 pessoas foram presas, além da apreensão de três armas de fogo, drogas e dinheiro. Em uma das diligências, um policial civil foi baleado, mas foi socorrido rapidamente e está fora de risco. O autor do disparo foi preso em flagrante por tentativa de homicídio.
Prisões, drogas, armas e veículos apreendidos
A Operação Shotgun teve como alvo um grupo criminoso com atuação em diversas frentes ilícitas no Estado. Entre os crimes investigados, estão venda e transporte de armas de grosso calibre, como fuzis e pistolas adaptadas para disparo automático, além de munições de alto poder destrutivo. Também foram identificadas atividades relacionadas à venda de entorpecentes como maconha e ecstasy.
As investigações revelaram ainda esquemas de receptação e adulteração de veículos, com placas clonadas e documentação falsa. Veículos de alto valor, como caminhões, eram escondidos até a revenda ilegal. Em alguns casos, a venda era feita no mesmo dia do roubo.
Rede criminosa atuava com armas, entorpecentes e receptação
Segundo a Polícia Civil, os criminosos mantinham uma rede de comunicação constante, compartilhando vídeos, imagens e instruções para dificultar a ação da polícia. As mensagens interceptadas mostram desde o envio de localização de possíveis compradores até métodos para camuflar os veículos.
O material coletado serviu de base para os pedidos judiciais que embasaram a operação. A ofensiva visou não apenas as prisões, mas também a apreensão de provas fundamentais para desarticular a organização criminosa.
Delegados destacam complexidade e gravidade das investigações
O delegado Wesley Lopes, titular da 2ªDIN, explicou que a investigação revelou “uma complexa rede de atividades ilícitas com atuação simultânea em diversas cidades e modalidades criminosas”.
Já o diretor de Investigações do Denarc, delegado Alencar Carraro, afirmou que o trabalho reforça o compromisso da instituição com o enfrentamento de grupos altamente perigosos, buscando enfraquecer sua estrutura e atuação.
As investigações seguem em andamento para análise do material apreendido, individualização de condutas e responsabilização de todos os envolvidos.