
O Rio Grande do Sul registrou um aumento de 27,44% nas violações de direitos humanos contra a comunidade LGBT+ em 2024. Foram 1.746 ocorrências ao longo do ano, uma média de 4,77 casos por dia, segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).
No mesmo período, 291 denúncias foram realizadas ao serviço de atendimento do governo federal. Já em 2023, 1.370 violações foram notificadas. As violações representam qualquer fato que atente ou viole os direitos de uma pessoa, incluindo, por exemplo, situações de maus-tratos, exploração sexual, tráfico de pessoas, violência física ou psicológica, entre outros.
Principais dados do levantamento
- 98,28% das denúncias envolvem violência à integridade das vítimas (psicológica, física, patrimonial e negligência);
- 43,98% das violações ocorrem diariamente;
- Porto Alegre (60), Canoas (23) e Caxias do Sul (22) lideram o ranking de denúncias;
- Setembro foi o mês com mais casos (34).
Quem são as vítimas
- 78 casos envolvem homens gays, 69 mulheres lésbicas e 52 pessoas bissexuais;
- 156 das vítimas são brancas, 75 pardas e 40 pretas.
Os agressores
- 113 denúncias apontam homens como principais responsáveis;
- 111 casos envolvem pessoas brancas, 33 pardas e 13 pretas;
- Participantes da comunidade LGBT+ aparecem entre os agressores em 28 denúncias feitas em 2024.
Especialistas alertam para o impacto de discursos de ódio e a necessidade de fortalecer espaços de acolhimento.