
A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (2) a Operação Falso Patrono, desarticulando uma organização criminosa especializada no golpe do “falso advogado”. A ação é coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais Eletrônicos, sob o comando do Delegado João Vitor Herédia.
Foram cumpridos 7 mandados de prisão preventiva e 18 mandados de busca e apreensão no Ceará, Santa Catarina e Minas Gerais. Seis pessoas já foram presas, até o momento. A operação contou com a participação de mais de 100 agentes do Rio Grande do Sul, Ceará, Santa Catarina e Minas Gerais.

O golpe:
Os criminosos acessavam dados públicos de processos judiciais, monitoravam os sistemas dos tribunais para identificar processos, especialmente aqueles relacionados a precatórios, Requisições de Pequeno Valor ou indenizações, coletavam informações pessoais, contatavam as vítimas, se passando por advogados, funcionários de tribunais e outros profissionais, informavam que determinado valor havia sido liberado, enviavam documentos falsificados, e solicitavam o pagamento de “custas”, “impostos” ou “taxas” via PIX.
Abordagem:
A abordagem envolvia linguagem jurídica, chamadas de vídeo, fotos e vídeos.
A investigação, iniciada após dezenas de denúncias de advogados que tiveram seus nomes usados indevidamente, identificou 15 suspeitos no CE, 1 em SC e 1 em MG. Dentre esses, foram expedidas e estão sendo cumpridas ordens de prisão preventiva contra sete integrantes principais da associação criminosa, todos localizados no Estado do Ceará. O líder do esquema, de 44 anos, controlava os ganhos e coordenava toda a estrutura criminosa.

A Polícia Civil alerta:
Nunca realize depósitos antecipados sem verificar diretamente com seu advogado de confiança.